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Espelho-duplo

Convido três artistas para encontros individuais comigo no espaço vazio e branco de uma galeria de arte durante seis horas corridos, em silencio. No convite, junto aos conceitos de encontro e profecia, entrego instruções onde proponho que cada um leve o que quiser para usar naquele espaço-tempo. Os objetos foram compartilhados entre nós, gerando trocas e situações inesperadas.


O resultado dos três encontros, cada um com um artista e sua esfera particular de trabalho em performance, proporcionou o reflexo entre nós junto aos objetos presentes no espaço e a movimentação dos corpos e no ambiente durante aquele tempo. As anotações realizadas por cada um durante a experiência foram material para a legenda do vídeo, formando um pensamento que vagueia pelo mundo e por narrativas íntimas, enquanto no vídeo imagens de Handycam mostram o espaço e objetos da performance.

A câmera analógica era um dos objetos presentes, e o uso dela por mim durante a ação estava no limiar fotografia-performance, mais do que de um registro.
As fotografias remetem ao imaginário de um mundo fora do tempo, a invocação de um pretérito e futuro ao mesmo tempo. Tudo por ocorrer já teria ocorrido, como se a ficção coincidisse com o realismo, ou vice-versa.


A ação aconteceu durante o trabalho na Residência do I Forum de Fotoperformance de Belo Horizonte em Outubro de 2019  no Viaduto das Artes junto aos Artistas Ian Gavião, Sara não Tem Nome e Mariana Rocha.

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Exposição durante o I Fórum de Fotoperformance

Galeria de arte do BDMG - Belo Horizonte, Novembro de 2019.

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